Em foco
Caminhos da vida
A última palavra é a mesma do Mestre, que afirmou: 'Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, não morrerá jamais, terá a vida eterna'
CORREIO DO ESTADO / VENILDO TREVIZAN
A festa da Páscoa está se aproximando, e uma consequência vai aparecer com muitas movimentações. Seja na indústria, fabricando algo a mais, aproveitando a oportunidade. Seja no comércio, com suas criatividades e promoções. Seja, ainda, no campo religioso, com celebrações especiais, procissões, retiros e outras festividades.
Em todos os setores da sociedade acontecem movimentações e celebrações alusivas à data, que conta, também, com promoções das empresas de turismo, que oferecem viagens com preços especiais, e outras favorecendo atrações e muitas curiosidades.
Para as igrejas, esse tempo é reservado ao cultivo de virtudes, de reflexões relacionadas aos retiros e de jejuns em vista da fé, que necessita de um amadurecimento especial e de um aprofundamento dos valores espirituais. Surge a necessidade de uma revisão preciosa na maneira de crê-la e de vivenciá-la.
Justamente, é pela fé que o cristão caminha em busca de Deus. É pela fé que cada um se aprofunda nas virtudes cristãs.
É pela fé que se identifica com todos aqueles e aquelas que escolheram viver o cristianismo em profundidade. Assim, passamos a formar essa multidão que, por ser batizada, se alimenta dos valores sagrados da vida cristã.
A partir disso, cada qual é convidado à vida nova dos ressuscitados em Jesus Cristo. Páscoa, então, significará a passagem da morte para a vida. Significará, ainda, a mudança de mentalidade, de atitudes e de comportamentos.
Tudo se transforma em sinal e em apelo de mudança na maneira de se olhar a vida, como uma forma de mudar o falar e o comunicar, o modo de pensar e o de agir.
Falar verdades. Olhar grandezas. Pensar projetos novos, atitudes novas, e um amor mais pleno e generoso. Sair do túmulo do medo e tomar o caminho da vida nova. Ressuscitar para a glória.
A Bíblia Sagrada, palavra viva e transformadora, relata um acontecimento fantástico aos olhos humanos: a ressurreição, com Marta, Maria e Lázaro, grandes e fiéis amigos do Mestre.
Lázaro adoece gravemente, mas o Mestre não se encontrava. As duas enviam outro amigo para comunicar o estado do irmão. O Mestre parece não se comover. Continua, portanto, em sua missão.
Lázaro morre. Muda o cenário. Até o coração é atingido. O Mestre precisa agir. Porém, ainda parece indiferente. O tempo dos homens não é o mesmo tempo de Deus. E o Mestre acaba indo até onde estava o morto já sepultado. Enquanto o mundo chora a morte, Deus celebra a vida. E o Mestre devolve o irmão vivo.
Essa atitude não queria oferecer espetáculo, mas presenteou com a vida gloriosa reservada para quem acredita que a morte não tem a última palavra.
A última palavra é a mesma do Mestre, que afirmou: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, não morrerá jamais, terá a vida eterna”.
Quem acredita e vive em Deus terá vida – e vida em plenitude.
A ciência findará. A arte se acabará.
O corpo apodrecerá. Somente o espírito permanecerá. Morrem os sentimentos. Desaparecem as nações. A esperança findará. A fé apenas abrirá a porta do eterno. Somente o amor entrará e será infindável.
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