Coronel Sapucaia
Em uma semana, o segundo frigorífico fecha as portas em Mato Grosso do Sul
Segundo a empresa, o fechamento da unidade de Nioaque faz parte de um processo de reorganização da companhia
CLARA FARIAS / CAMPO GRANDE NEWS
O frigorífico BMG Foods, localizado em Nioaque, a cerca de 200 quilômetros de Campo Grande, encerrou as atividades nesta terça-feira (4). De acordo com a empresa, o fechamento da unidade faz parte de um processo de reorganização da companhia, que possui unidades em 14 estados do país. Este é o segundo frigorífico que anuncia o fechamento em Mato Grosso do Sul na última semana.
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Ao Campo Grande News, a empresa informou que o encerramento foi planejado previamente e que a maior parte dos trabalhadores foi realocada para outras unidades da BMG Foods. Em Nioaque, cerca de 400 funcionários estavam vinculados à empresa. As operações serão concentradas na unidade de São Gabriel do Oeste.
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Ainda conforme o frigorífico, o fechamento integra um processo de otimização e fortalecimento operacional. “A decisão foi tomada com base em critérios de eficiência e sustentabilidade operacional', afirmou o diretor institucional da empresa, Márcio Scarlassara.
Segundo ele, um dos fatores que contribuíram para o encerramento das atividades foi a falta de habilitação da unidade de Nioaque para exportação, especialmente para o mercado chinês, o que reduziu a competitividade da operação.
A empresa garantiu que os direitos trabalhistas dos funcionários serão respeitados, assim como os pagamentos aos pecuaristas locais. A Prefeitura de Nioaque informou que mantém diálogo com órgãos estaduais e instituições de fomento para minimizar os impactos econômicos e garantir emprego aos trabalhadores afetados.
Na última semana, outro frigorífico também anunciou o fechamento das portas em Mato Grosso do Sul. O caso ocorreu em Sidrolândia, a cerca de 70 quilômetros da capital, onde o Balbinos Agroindustrial entrou com pedido de recuperação judicial na sexta-feira (31), após ser denunciado por pecuaristas por falta de pagamento na compra de bois.
O pedido, feito por meio de ação cautelar antecedente, busca suspender execuções e bloqueios judiciais enquanto a empresa tenta reorganizar as finanças. A defesa atribui a medida à crise financeira grave, agravada por endividamento bancário, aumento de custos e queda no consumo interno.
O Balbinos informou que emprega 350 trabalhadores diretos e 250 indiretos e tenta preservar empregos e manter o abate de bovinos. O balanço contábil da empresa aponta prejuízo acumulado de R$ 120 milhões.
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