• Sexta, 18 de Abril de 2025

Mais de 100 frigoríficos estão de olho no mercado chinês, diz secretário

Atualmente, apenas três unidades de MS exportam carne bovina para a China, mas expectativa é de que a visita de Lula à Ásia amplie esta lista

CORREIO DO ESTADO / NERI KASPARY, COM INFORMAçõES DA ASSESSORIA


divulgação

O Ministério da Agricultura anunciou hoje que a China suspendeu o embargo sanitário e a carne dos bovinos abatidos a partir de amanhã pode voltar a ser exportada para o país asiático. Em Mato Grosso do Sul, apenas três unidades estão habilitadas pelos chineses. Porém, conforme o  o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, existe 'uma lista, hoje, de mais de 100 frigoríficos buscando o credenciamento para o boi-China'.

Além disso, ele destacou que a visita do presidente Lula pode destravar uma série de negócios. 'É importante, também, agora, com essa visita do presidente Lula, que a China amplie esse número de frigoríficos credenciados, o que irá favorecer a pecuária sul-mato-grossense tanto na participação no mercado, como e, principalmente, na remuneração ao produtor.”

O anúncio sobre o fim do embargo foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, após reunião com o ministro da Administração Geral da Aduana Chinesa (GACC), Yu Jianhua. “Isso já era esperado, mas foi importante que ocorreu antes da ida do presidente Lula à China”, afirmou Verruck.

Na comitiva que vai acompanhar o presidente Lula à China devem participar em torno de cem empresários brasileiros e 60 deles são do setor de carnes de vários estados brasileiros. 

No ano passado Mato Grosso do Sul exportou 61.540 toneladas de carne bovina para a China, de acordo com levantamento da Coordenadoria de Economia e Estatística da Semadesc. Estão habilitadas três unidades do Estado (Iguatemi, Rochedo e Aparecida do Taboado), todas independentes, não vinculadas às grandes cadeias produtivas.

Com a suspensão do embargo, esses frigoríficos poderão retomar os abates e a expectativa do secretário Jaime Verruck é que isso resulte em uma melhora imediata nos preços pagos aos produtores.

“Esse embargo gerou uma queda de preço da carne bovina no mercado interno. Houve, inclusive, paralisações de alguns abates dos frigoríficos que têm na cota-China o principal mercado. Com a volta à normalidade esperamos um impulso importante. A pecuária sul-mato-grossense tem uma carne de qualidade, livre de vacinação, com um projeto de sanidade muito bem consolidado e uma identificação de nossos produtos com qualidade”, concluiu o secretário.

A suspensão das vendas começou despois da descoberta, no dia 23 de fevereiro, de um caso do mal da vaca louca no Pará. Em 2 de março houve a confirmação de que a doença detectada no animal de nove anos no município de Marabá surgiu de forma espontânea no organismo do animal, sem risco de disseminação no rebanho nem ao ser humano.

Uma vez comprovado o caso atípico era esperado que a viagem de uma equipe técnica do Ministério da Agricultura à China, nesta semana, tornasse viável a retomada das vendas externas ao país.



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