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Na segunda temporada de Sombras e Ossos a Netflix acerta mais uma vez
A primeira temporada apresentou o complexo e rico mundo imaginado por Leigh Bardugo e entregou uma segunda parte ainda melhor. Mas confesso: gosto mesmo dos Corvos!
CORREIO DO ESTADO / POR ANA CLáUDIA PAIXãO - COLUNISTA E CRíTICA DE CINEMA DO CORREIO B+
O universo de fantasia é rico para séries de ficção, ainda mais se junta o público de young adults, que é exatamente a fórmula que sustenta o interesse da série Sombra e Ossos, da Netflix.
Baseada nos best-sellers de Leigh Bardugo, a trama acompanha a órfã e soldado Alina Starkov – uma grisha (bruxa) – que sobrevive em Ravka, um mundo marcado pela guerra, destruição e preconceito. Alina tem poderes únicos e – por isso – disputados e temidos por muitos inimigos.
Estrelada por um elenco jovem liderado por Ben Barnes (General Kirigan), conta com Jessie Mei Li (Alina Starkov), Archie Renaux (Malyen Oretsev), Freddy Carter (Kaz Brekker), Amita Suman (Inej) e Kit Young (Jesper Fahey) nos papéis principais.
Para quem não conhece o universo da trilogia, demora um pouco para acompanhar as reviravoltas, se acostumar com quem é quem e até o que é o que, porque é um universo onde mágica é a regra.
Mas insista, porque quando dominamos, vale a pena. Em especial pela química do trio dos mercenários conhecidos como “Corvos”: Kaz, Inej e Jesper.
Para entregar conteúdo de fantasia sem decepção é preciso o investimento de um grande valor de produção ainda mais nos efeitos especiais e a Netflix não poupo.
A segunda temporada retoma a história onde paramos em 2021, não se sinta mal se sentir um pouco enferrujado. Logo nos lembramos de tudo. O elenco está entrosado, mas quando a história se divide, bom, eu só quero saber dos Corvos! Mas vamos relembrar.
Alina Starkov agora em grande evidência, segue em fuga, mas está decidida a acabar com a Dobra das Sombras e salvar Ravka da destruição total.
Seu inimigo, General Kirigan, está mais do que bem vivo, está ainda mais mau e também mantém seu plano de aniquilação de Ravka. Para piorar, ele agora conta com um exército de monstros das sombras. O embate entre luz e escuridão conta com novos e improváveis aliados. Como aconteceu antes, em boa parte da temporada as histórias correm paralelas sem indicar quando vão se cruzar – mas se cruzam. Kaz (Freddy Carter), Inej (Amita Suman) e Jesper (Kit Young) voltam para casa, para seu clube, que agora foi assumido pelo líder da gangue local, Pekka Rollins (Dean Lennox Kelly).
Em mais uma ação cheia de perigos e reviravoltas, eles precisam formar alianças para lutar pelo que é deles, além de suas próprias vidas, claro.
Com humor, habilidade e muito entrosamento, o trio agora é sexteto, e a trama dessa parte da história sai dos dois livros sobre eles, Seis dos Corvos e Crooked Kingdom, com os fãs ansiando pelo terceiro. SPOILERS: a trama dos Corvos vai terminar com questões em aberto, mas muita emoção.
Foi um grande acerto da série colocar os Corvos DENTRO da narrativa e não como um spin off. Por outro lado, eles têm a maior empatia quando as duas histórias correm em paralelo.
O astuto e traumatizado Kaz Brekker, nos dá um contexto de como chegou a ser como é e quando descobrimos é uma parte bem emocionante da história. Para formar o sexteto dos livros um dia teremos Nina e Mathias conquistam seu espaço, o que traz ainda mais riqueza para a aventura de todos. Sombras e Ossos é totalmente sobre mágica e aventura, não tem nenhuma mensagem profunda subliminar na narrativa, mas mesmo com tantas personagens, é uma boa pedida para distração no fim-de-semana. E claro, para poder matar as saudades dos Corvos!
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