• Sábado, 18 de Outubro de 2025

Favoritismos #29: dicas, palpites e chances no Brasileirão

Rodada tem oito confrontos diretos por liderança, Libertadores e permanência na Série A em 2026. Pela ponta de cima da tabela brilha Flamengo x Palmeiras; lá embaixo, Santos x Vitória fecham a rodada

GLOBOESPORTE.COM / VALMIR STORTI


Não importa qual parte da tabela mexe com você no Brasileirão: nesta rodada, oito dos dez jogos são um confronto direto entre duas equipes com interesses comuns na competição.

No domingo, Flamengo e Palmeiras se enfrentam no Maracanã, às 16h, no mais esperado jogo do returno. O Palmeiras lidera com três pontos e duas vitórias de vantagem e, por isso, mesmo que o Flamengo vença, não retoma a liderança da classificação, mas precisa dos três pontos para encurtar a vantagem para o líder.

No extremo oposto da tabela, lá no universo paralelo dos clubes que só podem sonhar com a permanência na Série A do ano que vem, há três confrontos diretos importantes. O maior deles, é o que fecha a rodada, na segunda-feira, às 21h30, quando Santos e Vitória se enfrentam na Vila Belmiro. Um triunfo do Vitória, a mior zebra da rodada, aumentaria a carga de emoção na luta para se afastar do Z-4 que leva para a Série B. O Vitória é o 17º colocado e, se vencer, chega a 31 pontos, o mesmo que o Santos, que disputou um jogo a menos.

Antes de a rodada começar, 31 pontos é apenas um a menos do que tem o Internacional, 15º colocado, e que nesta rodada tem um confronto direto em casa com o Sport. Um vitória do Inter fará parecer um exagero falar em confronto direto contra o Z-4, mas triunfos de Sport e Vitória apresentariam outra perspectiva sobre isso. É, amigo!

E 31 pontos são apenas dois a menos do que começam a rodada Corinthians e Atlético-MG, que se enfrentam na Neo Química Arena, em São Paulo. Um empate nessa partida, em caso de Vitória e Sport ficarem com os três pontos deixaria muita gente nervosa. É outro confronto direto para quem tem o Z-4 ali molhando as chuteiras.

Mirassol e São Paulo se enfrentam no interior paulista. O Mirassol está invicto em casa, com 49 pontos na classificação. é o quarto colocado, lutando por uma vaga na Libertadores. O São Paulo tem 11 a menos, não disputa uma vaga com o eficiente Mirassol, mas tem só três pontos a menos que o Fluminense e cinco a menos do que Bahia a Botafogo, que projetam uma classificação para os playoffs da (pré-)Libertadores.

O Ceará tem três pontos a menos que o São Paulo e joga em casa com o Botafogo. Se vencer, pega um elevador e passa a poder pelo menos sonhar com a Libertadores. O sexto colocado Bahia recebe o Grêmio, que tem um ponto (e um jogo) a mais que o Ceará. O Vasco joga no Maracanã contra o Fluminense e, se vencer, terá apenas dois pontos a menos que o Fluminense, hoje sétimo colocado.

Dependendo de quem for campeão da Copa do Brasil e da Libertadores, até oitavo colocado pode chegar à Libertadores, então, está todo mundo ainda na disputa. Embora o cenário pareça improvável, alguns clubes ainda têm 30 pontos a disputar; outros, têm 33. E muito ainda pode mudar, dependendo de quem conseguir ou não três pontos agora, outros três na próxima rodada.

Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, Favoritismos traz análises sobre cada uma das dez partidas da rodada da Série A. Para ver o contexto em que cada jogo será disputado, clique no nome de cada jogo, acima dos vídeos.

Sábado

18h30

Corinthians x Atlético-MG

21h

Cruzeiro x Fortaleza

Domingo

16h

Flamengo x Palmeiras

18h30

Mirassol x São Paulo

Internacional x Sport

Ceará x Botafogo

20h30

Bahia x Grêmio

Segunda-feira

19h

Juventude x Bragantino

19h30

Vasco x Fluminense

21h30

Santos x Vitória

Metodologia

Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega no Brasileirão 2025 comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol.

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de "Gols Esperados" ou "Expectativa de Gols" (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 119.459 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 4.834 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.

O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o "pé bom" (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o "pé ruim" (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.

De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.

*Gato Mestre é formado pelos jornalistas Agnes Rigas, Arthur Sandes, Cadu Vargas (estagiário), Davi Barros, Felipe Tavares, Guilherme Maniaudet, Gustavo Figueiredo, Leandro Silva, Matheus Guimarães, Roberto Maleson, Rodrigo Breves e Valmir Storti, pelos cientistas de dados Bruno Benício e Vitor Patalano e pelo programador Gusthavo Macedo.



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