• Sábado, 05 de Outubro de 2024

Caso Americanas terá 1ª audiência em comissão do Senado

Ideia é dar espaço para os diretores da Americanas explicarem como uma empresa aparentemente saudável entrou em recuperação judicial com dividas bilionárias

CORREIO DO ESTADO / FOLHAPRESS


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A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado deve ouvir nesta terça-feira (28) diretores das Lojas Americanas, da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), da Febraban e representantes da Forte Minas, empresa afetada pela crise na varejista. Essa será a primeira audiência pública após a revelação do escândalo contábil.

Segundo o senador Otto Alencar (PSD-BA), autor de dois requerimentos de convocação, a ideia é dar espaço para os diretores da Americanas explicarem como uma empresa aparentemente saudável entrou em recuperação judicial com dividas bilionárias. A Forte Minas também mostrará como a crise devastou o cenário financeiro dos credores.

Confirmaram presença figuras como o ex-presidente da Americanas, Sergio Rial, o atual CEO da companhia, Leonardo Coelho Pereira, o presidente da CVM, João Pedro Barroso do Nascimento e ex-diretores da varejista. A PwC, empresa responsável pela auditoria das contas da Americanas, foi convidada para a audiência, porém, respondeu que não vai comparecer.

Otto Alencar afirma que Miguel Gutierrez, CEO da Americanas por 20 anos, considerado peça fundamental na audiência não foi localizado pela comissão. No último dia 16, ele prestou depoimento presencial à CVM, no Rio de Janeiro.

'É importante que a própria empresa diga 'erramos, pedimos recuperação judicial e vamos resolver da seguinte forma'. Que diga quem errou, quem não fez errado, esse tipo de coisa. Queremos saber se eles vão resolver os problemas que foram criados pelo Miguel Gutierrez e os ex-diretores. Serão perguntas técnicas', disse Alencar.

Os senadores também pretendem utilizar a audiência pública para formular um projeto de blindagem do sistema financeiro contra fraudes contábeis e ampliar a transparência das contas para os investidores. O senador Sergio Moro (União-PR) chegou a sugerir que faria um projeto de lei sobre o tema logo após a revelação do escândalo da Americanas, porém não foi protocolado no Senado.  



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