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Confiança no comércio cai pelo quarto mês consecutivo e desestimula investimentos no varejo
Maioria dos empresários entrevistados em março aponta piora na economia, com queda de 7,6% na avaliação das condições atuais
CORREIO DO ESTADO / LEO RIBEIRO
Com recuo de 1,6% neste mês - se comparado com fevereiro, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atinge sua quarta queda consecutiva, sendo o menor registrado nos últimos 20 meses.
Baseado nos dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), vale destacar ainda a mais intensa retração desde julho de 2020, que foi a queda da avaliação das condições atuais em 7,6 pontos percentuais.
José Roberto Tadros é presidente da Confederação e, segundo ele, a inflação ainda persiste, o que deve demandar mais alguns esforços dos empreendedores pelos próximos meses.
Menos investimento porvir
Conforme a maioria dos empresários abordados no terceiro mês de 2023, a economia piorou, com tombo de 16,1% em março - diante de fevereiro -, no subíndice de avaliação das condições econômicas atuais.
'Entre os varejistas, 58,1% consideram que o desempenho da economia está pior do que no mesmo período do ano passado', diz a nota da CNC.
Entre os varejistas de grande porte, o Icec teve maior queda, de 3,7% em março ante fevereiro, acima da variação agregada.
'A crise no crédito afeta o grande varejo nos últimos meses, com menor disponibilidade de recursos e juros altos. Esse contexto influencia negativamente a confiança dos agentes', diz a nota da CNC.
Por fim, a piora na avaliação das condições presentes e nas expectativas para o curto prazo afeta também as perspectivas de investimento.
Houve queda de 0,7% no indicador que mede as intenções de investimento, caindo para 101,5 pontos, sendo esse o menor patamar em 20 meses.
Esse recuo na intenção de investir foi maior entre os varejistas de supermercados, farmácias e cosméticos, com queda de 4,2%. **(Com informações Estadão Conteúdo)
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