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Diniz elogia Rayan em vitória do Vasco e pede atacante na Seleção: "Mais completo do futebol brasileiro"
Jovem abriu o caminho para vitória vascaína fora de casa por 2 a 0, com um a menos desde o 1º tempo
GLOBOESPORTE.COM / REDAçãO DO GE
Fernando Diniz rasgou elogios a Rayan na entrevista coletiva desta quarta-feira, depois da vitória do Vasco por 2 a 0 contra o Fortaleza, no Castelão. O treinador disse que o atacante tem que estar na Copa do Mundo de 2026 com a seleção brasileira e afirmou que ele é o jogador mais completo da posição no futebol brasileiro.
— Acho que o Rayan, muito claramente, para mim é um jogador muito diferente. Considero ele talvez o atacante mais completo do futebol brasileiro. É um jogador que consegue jogar dos dois lados do campo, consegue jogar de 10 e consegue jogar de 9 com a mesma desenvoltura. É um jogador grande, canhoto, rápido, jovem, é um jogador que não precisa tomar distância da bola para chutar e chuta de qualquer distância a bola no gol. Tem muita intimidade com o gol. Um atacante completo, é um cara que para mim merece ser olhado com muito carinho pela Seleção. Porque é muito talentoso e tem um potencial gigantesco.
O treinador também falou da atuação de Paulo Henrique pela seleção brasileira. Diniz disse que todos no clube ficaram felizes com o gol do lateral-direito contra a Coreia do Sul. O técnico também citou o lateral Puma Rodríguez e explicou o motivo da liberação de PH.
— O Paulo Henrique, se ele não tivesse jogado, tivesse uma minutagem baixa, ele até veria pra cá como o Puma veio. Mas o Puma não jogou na terça, jogou na segunda, então ele conseguiu descansar, chegou em condições razoáveis para jogar e acabou sendo muito útil. O PH, o fato dele ter jogado ontem, mais o fuso horário e a viagem, eu acho que seria uma temeridade trazê-lo.
— A gente resolveu dar esse descanso pra ele e na segunda-feira ele vai estar à disposição. Acho que ele foi muito bem, aqui no Vasco todo mundo ficou muito feliz por ele. Eu já tinha estado muito feliz porque ele tinha entrado muito bem contra a Coreia, e acho que ele deu um passo importante para ter uma chance real de disputar a Copa do Mundo. Aqui tem outros jogadores, no Vasco, que vão se colocando em posição (de disputar a Copa).
O treinador disse que treina várias vezes com um jogador a menos no dia a dia. Para o técnico, isso foi um diferencial para a equipe ter controle após a expulsão de Hugo Moura, ainda no primeiro tempo, e fazer um bom jogo no Castelão para sair com os três pontos.
— Desde que eu cheguei, a gente treina muitas vezes com inferioridade numérica. Então, é um time que sabe lidar com uma situação desse tipo. Eu tenho um entrosamento tático e não queria abrir mão logo do Coutinho ou do Nuno, porque eu sabia que a gente, em determinado momento, teria a posse. E não é que a gente tenha tido só contra-ataque, em algum momento, mesmo com um jogador a menos, a gente controlou o jogo. Tivemos a bola no pé, a gente conseguiu tanto ter contra-ataque quanto ter o controle.
Mesmo com um a menos, Diniz manteve o esquema tático do time e não sacou Nuno Moreira ou Coutinho. O treinador apostou no entrosamento da dupla, que iniciou a jogada do gol de Rayan, o primeiro do Vasco na partida.
— Tanto o Nuno, quanto o Coutinho, que são jogadores que controlam muito bem o jogo, conhecem muito bem o sistema, porque eles estão jogando de titular desde que eu cheguei aqui. Então, quando fui pro intervalo, a gente só reposiciona o time pra gente marcar no 5-3-1. E quando tivesse a bola, a gente tinha um pouco de controle. Quando deu 10, 12 minutos, eu já vi que pro Coutinho estava ficando sobrecarregado para ele chegar ao ataque, ter que voltar e marcar quase como com o terceiro volante, o Nuno também.
Diniz teve estrela nas substituições do Vasco. Após o início do segundo tempo, aos 12 minutos, ele lançou Matheus França, Puma Rodríguez e David. O trio foi decisivo no lance do segundo gol. O uruguaio, que viveu uma saga para chegar a Fortaleza nesta quarta, depois da Data Fifa com o Uruguai, foi elogiado pelo treinador.
— E eu fiz as trocas. Coloquei um jogador mais fresco, com mais saúde. Eu acho que a gente conseguiu, quando a gente tinha posse, ter o contra-ataque com mais velocidade, com a entrada dos jogadores, do David principalmente, que é um jogador que ajuda a marcar e chegar na frente. Então ele tinha 30, 35 minutos para jogar, e eu sabia que ele iria aguentar fazer a dupla função. Acho que todo mundo que entrou fez uma boa função.
— O Puma fez um esforço muito grande para vir da Ásia até aqui, se colocar à disposição para jogar. Então acho que o time fez uma das vitórias mais importantes, uma das mais difíceis que a gente teve no campeonato.
Com a vitória, o Vasco pulou para a nona posição do Brasileirão. Em ascensão no campeonato, o time olha para cima e vê o G-8 cada vez mais próximo. Para o treinador, a torcida pode sonhar com Libertadores, mas ele ainda trata o desempenho da equipe com pés no chão.
— Sonhar o torcedor está sonhando faz tempo, e a gente também. Quando você está lá embaixo da tabela, é difícil ficar falando de Libertadores. Depois que eu cheguei, a pontuação do Vasco não condiz com que desempenhou, era para estar mais acima uns seis, sete pontos, no mínimo. Agora, com o resultado acompanhando o desempenho da equipe, existe uma tendência, não só sonhar, mas olhar objetivamente para cima. Mas sabendo que o campeonato é difícil.
— A gente está numa situação de meio de tabela. Podemos olhar não só pela pontuação, mas pelo desempenho desde o primeiro turno quando a gente não conseguia vencer, mas jogando bem. Isso faz com que a gente consiga sonhar e se projetar por uma posição melhor.
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Veja outras respostas do treinador
Diniz sobre lições e confronto contra o Fluminense:
— Acho que é difícil falar de lições. Uma das lições que fica hoje é que a gente tem que ter sangue frio no final do jogo para não ter ninguém expulso. Acho que esse foi um ponto muito positivo porque, na confusão generalizada, quase sempre tem jogadores expulsos dos dois lados, e a gente não teve ninguém expulso. Jogar um clássico é sempre muito difícil. O Fluminense é uma equipe que tem muita qualidade técnica, muita juventude. Teve uma troca de técnico recente, então os jogadores estão motivados com a chegada do novo treinador e se adaptando. E a gente vai estudar agora. A gente tem o jogo na segunda-feira, então a gente tem esses dias para se preparar e procurar fazer o nosso melhor.
Diniz sobre Jardim na seleção:
— Eu acredito muito, ele é um dos grandes goleiros que eu trabalhei na minha vida, desde quando joguei e agora como treinador. Ele é um jogador muito técnico, muito forte, muito rápido, que cresce em jogos grandes,. Então ele é um claro postulante para a Copa do Mundo. Ele é um jogador que tem muito talento, que trabalha muito, então é um cara que vai se colocando também no radar para ser convocado.
Vegetti ficou de fora do jogo. A formação do ataque de hoje vai ser utilizada com mais frequência?
- O Vegetti é um dos titulares. Hoje, com a expulsão, não tinha muito sentido entrar na partida. Ele continua muito importante, é o nosso grande capitão, artilheiro. É um dos titulares, não dá pra falar que ele é um dos reservas aqui no Vasco. É uma das principais lideranças, nosso artilheiro, tem carisma com a torcida e com o vestiário, pessoa que todo mundo adora. Hoje ele foi muito importante e ainda era o aniversário do Vegetti. Foi uma vitória de presente para ele. É um cara que a gente conta demais aqui.
Andrés Gómez — Ele jogou de titular hoje, não precisa provar nada. Ele é um jogador que vem crescendo jogo a jogo, treino a treino. Ele levou vantagem não pelo Ávila, mas, sim, porque é muito rápido. É muito difícil marcá-lo. Faltou mais acabamento, chegar mais gente na área, mas ele fez uma partida muito boa.
Qual foi a mensagem para os jogadores na confusão após o jogo?
- Tem muita coisa ali envolvida. Primeiramente, é sair da confusão mesmo. Não tem sentido depois do jogo ficar brigando. E a gente tem jogo contra o Fluminense daqui a pouco. Ali, para expulsar um jogador ali que fica se aproximando assim... o Fortaleza está numa situação delicada, todo mundo muito nervoso, e a gente ganhou o jogo. Não tem porque ficar discutindo com ninguém. Queria que eles saíssem dali. Acho que os jogadores, de maneira geral, tiveram uma postura muito boa. Tanto que não tivemos ninguém expulso, os jogadores se controlaram e depois a gente foi comemorar com a nossa torcida
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