• Quinta, 23 de Outubro de 2025

Dólar vai a R$ 5,39 com mercado atento ao pacote fiscal do governo

União prepara projetos para recompor Orçamento de 2026 enquanto bolsa avança

GUSTAVO BONOTTO / CAMPO GRANDE NEWS


Cédulas de 10 dólares, moeda norte-americana utilizada em transações internacionais. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar comercial fechou em alta de 0,13% nesta quarta-feira (22), cotado a R$ 5,3969, e o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, subiu 0,55%, alcançando 144.873 pontos. A movimentação refletiu a cautela dos investidores diante do cenário político e fiscal brasileiro, além das expectativas sobre o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump (Republicano), previsto para domingo (26), na Malásia.

RESUMO

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O dólar comercial encerrou em alta de 0,13%, cotado a R$ 5,3969, enquanto o Ibovespa avançou 0,55%, atingindo 144.873 pontos. O movimento reflete a cautela dos investidores diante do cenário político-fiscal brasileiro e das expectativas sobre o encontro entre os presidentes Lula e Trump na Malásia. O governo brasileiro anunciou o envio de dois projetos ao Congresso para recompor o Orçamento de 2026, incluindo medidas de aumento de receita e cortes de gastos. No cenário internacional, os Estados Unidos enfrentam sua segunda maior paralisação parcial, enquanto as tensões comerciais com a China permanecem sob observação dos mercados.

No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que o governo enviará ao Congresso dois projetos de lei para recompor o Orçamento de 2026, um com medidas de aumento de receita e outro com cortes de gastos.

O pacote de arrecadação inclui tributação sobre fintechs, apostas e juros sobre capital próprio, enquanto o projeto de contenção de despesas prevê ajustes como mudanças no seguro-defeso. Analistas avaliam que o avanço das medidas de corte de gastos tende a ser mais fácil, enquanto a elevação de receitas deve enfrentar resistência política.

Já nos Estados Unidos, o governo chega ao 22º dia de paralisação parcial, a segunda mais longa da história, sem acordo entre democratas e republicanos. O impasse pressiona o dólar e os mercados globais, além de atrasar dados econômicos importantes, como a inflação de setembro. As tensões comerciais com a China também permanecem no radar dos investidores, após declarações de Trump sobre negociações futuras com Xi Jinping.

O mercado reagiu também às medidas do governo para fechar o Orçamento de 2026, diante da perda de validade da Medida Provisória que aumentaria a arrecadação com apostas e investimentos.

O fluxo cambial interno registrou saída líquida de US$ 1,514 bilhão até 17 de outubro, com US$ 4,789 bilhões pelo canal financeiro e saldo positivo de US$ 3,275 bilhões pelo comercial. Esse movimento influenciou a cotação da moeda americana e o desempenho do mercado acionário brasileiro. Especialistas destacam que o câmbio segue sensível a notícias políticas e fiscais, combinadas com cenário internacional instável.

As bolsas globais apresentaram comportamento misto nesta quarta-feira (22). Em Wall Street, o Dow Jones caiu 0,71%, o S&P 500 (Standard & Poor’s 500) recuou 0,52% e a Nasdaq perdeu 0,93%, enquanto os mercados europeus fecharam em queda após balanços corporativos abaixo do esperado. Por fim, na Ásia, os índices de Xangai, o CSI 300 (China Securities Index 300) e o Hang Seng recuaram, pressionados por tensões comerciais e pela forte desvalorização do ouro, enquanto o Kospi (Korea Composite Stock Price Index), de Seul, avançou 1,56%.

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